As Empresas Estão em Xeque Diante da Crise

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As Empresas Estão em Xeque Diante da Crise

Para quem gosta de jogar xadrez sabe que não é nada confortável ficar em xeque, trata-se de uma ameaça que exige uma resposta rápida, precisa e eficaz. Este é exatamente o sentimento que acompanha a classe empresarial no Brasil este ano. Para ilustrar melhor este desconforto deve-se analisar alguns pontos da atual conjuntura econômica, antes que alguém diga que é apenas a opinião dos pessimistas, que só querem desestabilizar o Governo.

Muitos pontos devem ser levados em consideração para analisar a atual situação econômica do Brasil, porém, podemos resumir apresentando apenas alguns indicadores que demonstram muito bem o que as empresas estão enfrentando aqui.

O primeiro é a taxa de juro que já passou dos 14%a.a. (SELIC), isso desestimula investimentos por parte das empresas de um lado e do outro temos os consumidores que não se atraem pelos financiamentos e compras a prazo, já que o bem adquirido se torna muito mais caro no final das contas. Tudo isso acaba diminuindo o ritmo da atividade econômica.



Depois temos a inflação que de muito longe fugiu do centro da meta apresentada pelo Comitê de Políticas Monetárias (COPOM), para ser mais preciso, dobrou, atingindo 9% ao ano nos últimos 12 meses. Isso é altamente prejudicial para a economia e para as empresas. As pessoas com seu poder de compra reduzido tendem a consumir menos, desta forma as empresas devem produzir menos, diminuindo o quadro de funcionários, provocando aumento do desemprego o que coloca a economia num círculo vicioso.

Por último, apenas para encurtar a conversa, temos a economia externa que não anda nada bem, os EUA em fase de recuperação da crise de 2008, a Europa em forte crise em muitos países, como Portugal, Itália, Espanha e Grécia, por exemplo, além da China que não cresce mais como antes, quando chegou a atingir 11% de crescimento em um único ano. Sendo esses os principais mercados consumidores dos produtos brasileiros, em especial as commodities, o país acaba se vendo prejudicado pela redução das exportações, impactando diretamente na geração de divisas.

Estes e outros fatores demonstram que o Brasil vive hoje um cenário de extrema fragilidade econômica. Colocando as empresas em uma zona de pessimismo, medo e incerteza, que as obriga a deixar de investir, demitir funcionários, repassar os custos que se elevaram para o consumidor final, aqui o destaque vai para os combustíveis e energia elétrica, e na pior das hipóteses fechar as portas, medida que muitas já tiveram que tomar este ano.

Por: Alexsandro Silva

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