Bancos são empresas que visam lucros como qualquer outra
É muito fácil encontrar uma pessoa que já teve algum problema com bancos. Isso ocorre, principalmente, porque a maioria não conhece o sistema financeiro e nem o objetivo destas instituições no mercado. Para facilitar a compreensão o ideal seria passar a olhá-los como uma empresa, do comércio e serviço, qualquer, cujo produto comercializado é o dinheiro, a única diferença é que elas lucram muito, mas muito mais do que as outras empresas.
Ao buscar um serviço ou recorrer ao crédito nestas instituições financeiras é importante saber quais são as tarifas e taxas de juro que incorrerão sobre a operação. Hoje já se tem uma série de serviços que são oferecidos gratuitamente coforme a Resolução nº 3.919, de 25.11.2010, isso possibilita ter uma conta-corrente, por exemplo, sem perder o controle do orçamento, embora isso exija cuidados ao aceitar as ofertas que surgirão frequentemente. Limite de cheque especial, cartão de crédito, crédito para aquisição de veículos, imóveis, construção, reforma são alguns dos exemplos.
Partindo da ideia de que os bancos são empresas comuns, torna-se necessário reagir como tal no momento de fazer as aquisições, obedecendo à velha regra de pesquisar o melhor preço e fazê-los se concorrer para oferecerem as melhores condições. O problema é que a maioria das pessoas quando entra em um banco se sente como se estivesse em uma repartição pública, acreditando que eles devem atender da forma como acham que deve ser e com as condições que os convém, invertendo os valores.
É natural que para exigir que os bancos atendam as exigências dos consumidores é imprescindível que estes estejam em condições de exigi-las. Sem restrições cadastrais e sem histórico ruim com a agência. Muitas pessoas acreditam que limpando o nome já estão aptas a contrair novos endividamentos, isso pode ser mais fácil em lojas pequenas, porém no sistema financeiro, propriamente dito, funciona um pouco diferente, com algumas regras.
Existe um banco de dados onde toda movimentação financeira da pessoa é acompanhada pelas instituições de crédito cadastradas. De lá se tem um histórico, bem como um indicador de confiança, que varia de AA a H, onde AA quer dizer que o cliente é um excelente pagador e H o contrário. As financeiras geralmente não cedem crédito para quem esteja abaixo de D. A classificação implica, inclusive, na atribuição da taxa de juro. Quanto maior o risco oferecido pelo cliente, com base no indicador, maior a taxa, mais caro fica a aquisição.
A dica então é manter os compromissos sempre em dia e um bom relacionamento com o gerente da conta, como se procura manter com os gerentes das lojas em que você mais compra. Com interesses de ganhar brindes, descontos e condições privilegiadas nas negociações. Outra coisa é passar a encarar os bancos como empresas que precisam do seu dinheiro, sem ele eles não fazem negócio, e mesmo não valorizando seu capital como gostaria, eles estão loucos atrás de você, acredite. Basta ver o empenho que fazem nas campanhas de publicidade, com propagandas em todos os meios de comunicação: TV, rádio, internet, praças, faculdades, empresas, entre outros.
Autor: Alexsandro Silva
Economista e Consultor em Finanças