Categoria: Artigos

02 mar 2018
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RECUPERAÇÃO ECONÔMICA: O PRIMEIRO PASSO DE UMA LONGA JORNADA

A economia brasileira, depois da forte recessão de 2014-2016, onde a contração do PIB acumulada atingiu 8,2%, começa a dar sinais de recuperação da atividade econômica. Porém, esse otimismo com o crescimento do PIB de 1% em 2017, divulgado pelo IBGE, deve ser compreendido pelos agentes econômicos com cautela em relação ao crescimento econômico nos próximos anos.

A deterioração das contas públicas, observadas a partir de 2011, com uma robusta redução na receita e a expansão das despesas governamentais, acarretaram em 2014 um déficit primário de R$ 20.417,70 bilhões. Gráfico 1Este processo de redução da atividade econômica com o pífio desempenho das variáveis fiscais, concomitante a instabilidade política instaurada no país em 2013, que levou milhões de brasileiros as ruas protestarem contra a corrupção e a copa do mundo no Brasil, proporcionou uma avaliação complexa acerca da situação política e econômica que viria a seguir.

Nota-se, com a dimensão da recessão econômica e as investigações da Lava Jato, que a crise política é substancialmente maior do que a econômica, uma vez que, vários indicadores econômicos relevantes apresentaram melhoras em 2017. O cenário político, por sua vez, mostra-se adverso, provocando incertezas no mercado acerca das agendas das reformas estruturais e as medidas de austeridade fiscal necessárias para conter a expansão da dívida pública e a retomada dos investimentos.

Com o crescimento do PIB, o afrouxamento da taxa de juros e a redução da inflação, o mercado vai se autorregulando perante o ano político que se apresenta. A economia vai resistindo, embora lentamente, as adversidades impostas pela má administração da máquina pública que, a partir de 2011, promoveu de forma errônea políticas de subsídios e desonerações com uma taxa de juros elevada, permitindo assim, a obviedade, de transferir os lucros dos mercados para o mercado financeiro, na clássica “financerização das atividades”, isto é, sustentar ganhos através do capital especulativo, e não da produção de bens e serviços. Gráfico 2

A priori, é satisfatório o resultado que vem apresentando as empresas em todo o país, tendo em vista o número de empresas que encerraram suas atividades desde o início recessivo em meados de 2014, com mais de 1,9 milhões, segundo o IBGE. Diante disso, as medidas propostas por Joaquim Levy em 2015 para o ajuste fiscal e que tiveram continuidade com Henrique Meirelles, não logrou êxito no âmbito fiscal, todavia, não se deve desconsiderar os resultados apurados de curto prazo que o mercado produziu, mesmo com as constantes delações premiadas, denúncias de corrupção, rebaixamento das agências de risco e o temor que todos os candidatos proporcionam para o país no longo prazo.

Se ainda não estamos construindo uma nação com preceitos de países desenvolvidos, com crescimento econômico sustentável e desenvolvimento econômico e social, damos o primeiro passo da longínqua caminhada para um Brasil comprometido com os valores éticos, através das ações da polícia federal e ministério público, e respeitando os brasileiros que, apesar das dificuldades impostas pelo nosso regime tributário, produzem bens e serviços que satisfazem o consumo dos agentes econômicos e dinamizam a economia.

 

06 out 2016
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R$ 1.000.000,00 (Um Milhão de Reais), é isso mesmo?

Eu não tinha ainda 10 anos de idade e já ouvia, de muitos, esse número quando se tratava de objetivo a ser alcançado. Atingir a marca e, consequentemente tornar-se milionário, é algo que move muita gente. Que as faz acordar cedo, dormir tarde, abrir mão de momentos de lazer com familiares e amigos, além de se abdicar do consumo agora pensando em como será melhor quando se tiver conseguido acumular o primeiro milhão.

Uma coisa que me chama a atenção é que o tempo passou, os níveis de preços subiram, os salários foram corrigidos e os sonhos, por sua vez, continuam estagnados na mesma cifra, R$ 1.000.000,00. Não seria pertinente uma correção também dos valores que compõe nossos projetos de vida?

Para se ter uma ideia em 1994, quando começou o Real, o salário mínimo era de R$70,00, portanto, se a meta era acumular R$ 1.000.000,00, a pessoa deveria guardar 14.285,71 salários, sem considerar os rendimentos. O mesmo valor hoje equivale a 1.136,36 salários. Ou seja, se comparado ao salário mínimo houve uma perda de cerca de 12,5 vezes ao longo dos últimos 22 anos. A forma mais racional de resolver isso seria a pessoa corrigir para R$ 12.500.000,00 sua meta a ser alcançada.

Fazendo o cálculo de outra forma para demonstrar a realidade dos fatos sob uma perspectiva diferente podemos afirmar que um indivíduo que almeja acumular R$ 1.000.000,00 hoje terá o mesmo trabalho e produzirá a mesma satisfação que alguém em 1996 teve para alcançar R$80.000,00 (OITENTA MIL REAIS) em reservas.

Não aplicar a correção ao valor dos sonhos cria a falsa ilusão de que hoje os jovens estão enriquecendo muito mais rápido do que há algumas décadas. Eu até concordo que com a velocidade em que estão surgindo as tecnologias, bem como o espaço que o jovem vem construindo no mercado de trabalho, muita gente tem se destacado e conquistado sua independência financeira bem cedo, mas isso não pode ser tido como regra.

Assim como temos mais jovens milionários se comparado a 20 anos atrás, temos também muitos outros, também em quantidade bem superior, endividados, pessoas que não conseguem conter o desejo ardente de consumo, que os impede de produzir qualquer reserva financeira. Dados da Serasa indicam que nunca se teve tanta inadimplência entre jovens como nos dias atuais.

O interessante é que muitas campanhas de publicidade, jogos de sorteios, programas de televisão e concursos das mais variadas modalidades também continuam cativando a atenção de pessoas que desejam ficar ‘ricas’ de forma fácil com a mesma cifra monetária. O que é interessante para quem promove, uma vez que se a pessoa oferece a possibilidade de alguém ganhar esse valor com apenas R$ 10,00, por exemplo, e consegue convencer cerca de 2 milhões de pessoas a apostarem na sorte, já consegue uma receita de R$ 20.000.000,00 (Vinte Milhões) de reais.

Depois de ter cumprido com as obrigações fiscais e sociais, como determina a União para quem pratica esse tipo de atividade, pagar também o cantor sertanejo que vai convencer as pessoas a ‘investirem’ e, claro, dar o prêmio ao ganhador, sobrará ainda para quem promoveu, algo entre 6 e 8 milhõezinhos.

É importante ficar claro que a riqueza conquistada exige um tempo, geralmente longo. São décadas de muito trabalho, economias e investimentos certos. Ou seja, a pessoa precisa ter uma fonte de renda, gastar muito menos do que ganha e, fundamentalmente, promover a multiplicação do dinheiro. É como alguns dizem: “colocar o dinheiro para trabalhar para você”.

Se você encontra uma aplicação que remunere suas economias em 0,95% ao mês, para alcançar seu primeiro milhão teria que guardar cerca de R$ 327,00 durante 30 anos, mas como estamos falando em algo maior, que pelo menos fosse equivalente ao mesmo valor em 1994, você então vai precisar guardar cerca de R$ 4.1000,00 todo mês durante o mesmo período.

Observe que acumular um milhão em 3 décadas não é uma tarefa difícil e se você começar a juntar com vinte anos, aos cinquenta já terá alcançado o objetivo, restando ainda pelo menos 1/3 da vida pela frente. Se é isso que pretende, mantenha o foco e rumo ao primeiro milhão. Caso queira realizar outras simulações, com valores, taxas de juros e tempo diferentes, baixe uma planilha que preparamos para você. Clique aqui, ou na imagem abaixo:

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Alexsandro Silva é economista com atuação profissional a partir de consultorias, treinamentos, palestras e aulas para graduação e pós graduação.

02 jul 2016
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Governo disponibiliza R$ 1,4 bilhão para Programa de Armazenagem

As novas medidas que entram em vigor a partir do dia 01 de Julho de 2016 e se estendem até 30 de junho de 2017, são as novas apostas do governo federal através do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns – PCA, por meio do BNDES para aumentar o nível econômico do país.

Visando sanar diversas necessidades do setor do agronegócio, O Plano ainda anunciado pela antiga ministra da agricultura Kátia Abreu no dia 04 de Maio, conta R$ 202,88 bilhões de crédito aos produtores rurais brasileiros, valor recorde que representa aumento de 8% em relação à safra anterior (R$ 187,7 bilhões), apesar de não recompor a inflação do IPCA, acumulada de 10,67% em 2015.

Dentre as varias linhas de financiamento disponibilizadas pelo BNDES e demais bancos e instituições financeiras, se destaca o que talvez tenha mais apelo do setor, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns – PCA. Iniciado no Plano Safra 2013/2014, no atual Plano Safra conta com R$ 1,4 bilhão.

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Responsável por um salto nas construções de silo no país nos planos safras 2013/2014 e 2014/2015, o PCA tem por principal meta apoiar investimentos necessários à ampliação, modernização, reforma e à construção de novos armazéns destinados à guarda de grãos, frutas, tubérculos, bulbos, hortaliças, fibras e açúcar, que por terem volume cada vez maior, demandam igualmente ampliação e construção de novos armazéns em todo o Brasil com o financiamento de 100% dos projetos.



Apesar da redução do valor disponibilizado e do aumento da taxa de juros da linha de financiamento, o investimento em armazenagem da produção ainda é a melhor opção ao produtor. Em termos de capacidade útil armazenável, os silos continuam predominantes, com aumento de 2,6% na capacidade de estocagem e 3,2 milhões de toneladas estocadas em 2015, no entanto, representa muito pouco frente à produção nacional de soja, que atingiu em 2016 o recorde de 98,5 milhões de toneladas.

Esse abismo entre a necessidade e a oferta do serviço explica o porque mesmo tendo reduzido a 18% do montante inicialmente disponibilizado da contratação dos recursos utilizando o programa, a capacidade de armazenagem tenha aumentado 14% no mesmo período. O empresário rural tem se preocupado em buscar o melhor preço, independente se ele ocorra durante a colheita ou meses depois, como ocorrido em Março de 2016 cujo preço médio nacional da saca da soja de 60 kg vendida por R$ 65,52 e apenas 60 dias depois em Junho já estava R$ 80,69, ganho de 23,15%.

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A redução na demanda pelo PCA ocorreu porque o governo vem aumentando a taxa de juros, que em 2015 era de 7,5% a.a, foi reajustada para 8,5% a.a, com 3 anos de carência e o prazo de 15 anos para pagamento. Como garantia deve ser constituída a propriedade fiduciária ou o penhor sobre os bens objeto do financiamento, a ser mantido(a) até final liquidação do contrato.

As operações de até R$ 20 milhões serão sempre realizadas de forma indireta, por meio de instituições financeiras credenciadas ao BNDES, valores acima do citado deveram ser tratados diretamente com o BNDES.

O Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 entrou em vigor e promete diminuir os gargalos do setor, por fim  se estende até 30 de junho de 2017.

 

Alysson Ribas

01 jul 2016
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Quitação Antecipada – Quando vale a pena?

Diversas pessoas apresentam dúvidas na hora de pagar uma dívida antes de seu vencimento. Algumas preferem agir a partir daquilo que acreditam ser a melhor escolha e outras optam por buscar orientação de especialistas sobre como tirar o melhor proveito nesse tipo de negociação.

Falar em pagamento antecipado em um momento onde o que mais se observa são atrasos nos pagamentos é até estranho, visto que as empresas brasileiras enfrentam os maiores índices de inadimplência da história. Até mesmo os idosos, reconhecidos pela assiduidade nos compromissos financeiros, estão numa crescente quando o assunto é atraso junto aos seus credores.

O fato é que mesmo perante ao cenário pessimista que presenciamos, temos pessoas que passam por momentos onde devem escolher se quitam suas dívidas ou se mantém o dinheiro guardado, seja para investimentos ou mesmo para suprir suas necessidades. Para qualquer uma das alternativas o importante é analisar caso a caso.

Para não ter erro o primeiro passo deve ser o de saber qual o custo financeiro da operação em questão, porque se a pessoa pretende investir em detrimento da quitação, esta opção só seria viável caso o rendimento fosse superior ao custo da dívida em trânsito. Digamos que esse feito é praticamente impossível no Brasil, especialmente para pessoas físicas. Pessoas jurídicas podem encontrar créditos subsidiados capazes de oferecer custos financeiros abaixo das taxas médias de rendimentos atuais.

Para dar um exemplo, imagine uma situação aonde uma pessoa tenha disponível um valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), a mesma tem a pretensão de adquirir um veículo do mesmo valor. O lojista dá a ela a opção de financiar o bem em 24 parcelas com taxa de juro mensal de 1,4%. Nesse caso a pessoa poderia pegar o valor que tem em mãos e investir para conseguir ganhos que contemplem os juros assumidos e uma sobra, de repente. É provável que na renda fixa essa pessoa tenha dificuldades de tornar essa operação viável. O melhor talvez seria a quitação antecipada do bem. O exemplo trouxe uma situação onde o pagamento se daria no início, mas isso não muda a análise. Se os R$ 100.000,00 tivessem surgido no meio do caminho a pessoa deveria se questionar da mesma forma, decidindo entre aproveitar para quitar a dívida ou se manter o valor em uma aplicação financeira.



No cenário em que a pessoa poderia precisar o valor para cobrir suas despesas correntes, o cuidado ainda consiste em conhecer o custo financeiro da operação em questão, porém, deve-se preocupar também com a possibilidade de faltar dinheiro em determinado momento e se ter que recorrer à linhas de crédito para fazer empréstimos. Se a situação fosse a mesma do exemplo dado acima, é provável que o financiamento seria a melhor escolha, uma vez que se a pessoa tiver que recorrer à um CDC (crédito direto ao consumidor), por exemplo, não encontrará nada mais barato que 5% ao mês, que é bem superior ao 1,4% citado. Isso sem falar na possibilidade de ter que se sujeitar ao cheque especial ou rotativo do cartão, aonde as taxas superam os 300% e 400% ao ano, respectivamente.

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Se você tem um empréstimo ou financiamento em andamento e gostaria de saber de quanto precisaria hoje para quitá-lo basta clicar aqui, ou na imagem acima para fazer o download da planilha que preparamos.

Alexsandro Silva é economista com atuação profissional a partir de consultorias, treinamentos, palestras e aulas para graduação e pós graduação.

01 jun 2016
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As Águas de Maio Sobre o Mato Grosso

Chegamos ao fim do quinto mês do ano e os dados da economia ainda continuam alarmantes a nível nacional, situação que não difere muito das situações estaduais e que em alguns casos está em situação mais preocupante. Os dados divulgados em Maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram como o Mato Grosso vem se comportando diante das dificuldades apresentadas por essa crise.

A Pnad Contínua, que demonstra a taxa de desocupação e revela além disso indiretamente a perca de renda, de poder de compra e de independência financeira das famílias, divulgada no dia 19, apontou que Mato Grosso registrou 148 mil desempregados no primeiro trimestre deste ano. Isto representa uma taxa de desocupação de 9,1%, explicitando um aumento de 3,4% em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2015. Se fizermos uma análise horizontal desse dado podemos claramente ver a evolução desse dado, a taxa de desemprego era de 5,7% (92 mil pessoas), no último trimestre do ano passado, agora, este número sofreu aumento e passou para 9,1% (148 mil pessoas), no primeiro trimestre de 2016.  Como é comum em um cenário de crise onde há redução na demanda por postos de trabalho e aumento da oferta de mão de obra, houve uma redução no salário médio do mato-grossense também, em relação ao mesmo período do ano passado, passando de R$ 2.004 para R$ 1.930.



Mato Grosso hoje possui 1,48 milhão de pessoas com emprego, agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura que são responsáveis por 237 mil empregos. Os mesmos só ficam atrás dos setores de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 304 mil, já construção foi um dos que tiveram a maior redução (16,7%), passando de 158 mil empregos no último trimestre de 2015 para 132 mil de janeiro a março de 2016. Por outro lado, algumas economias regionais começam a demonstrar a sua força, como é o caso de Barra do Bugres (saldo de 325 vagas), Sinop (saldo de 250 vagas), Rondonópolis (saldo de 150 vagas), Campo Verde (saldo de 92 vagas), Lucas do Rio Verde (saldo de 68 vagas). Enquanto a taxa de desemprego em Cuiabá é maior que a média nacional.

No caso especifico de Rondonópolis, a segunda maior economia do estado, a diversificação da economia local é o principal fator que levou ao primeiro saldo positivo desde junho de 2015 nas contratações. O setor que mais destacou nos resultados foi o industrial, até então um dos que mais vinha demitindo, com saldo de 196 empregos, O segundo setor com melhor resultado foi a construção civil, com um saldo de 90 empregos, diferentemente do apresentado a nível estadual. Na sequência, aparece o serviço industrial de utilidade pública, que teve um saldo de 38 empregos, por outro lado, o setor de serviços, comercio e agricultura, motores da economia no estado, contabilizaram saldo negativo em abril, com 60 vagas, 70 vagas e 39 vagas fechadas respectivamente.

Contudo, a taxa de desemprego em Mato Grosso é menor do que a do país, demonstrando que além da força que o estado tem na economia, as suas cidades estão reagindo bem ao revés de crise, principalmente aquelas que possuem a economia mais diversificada e menos dependente de setores específicos. Com as novas medidas tomadas para retomar o crescimento espera-se uma melhora ainda mais acentuada nos dados do estado.

Por Alysson Ribas

24 maio 2016
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Paz e Serenidade Para a Economia Brasileira

Fiódor Dostoiévski, um escritor e filósofo russo, considerado um dos maiores romancistas da história e um dos mais inovadores artistas de todos os tempos, certa vez disse que “um ato de confiança dá paz e serenidade”. Talvez ele nem supunha que 135 anos depois de sua morte, o Brasil travaria uma dura luta, afim de reconquistar a confiança do mercado e, consequentemente, oferecer de volta para seu povo paz e serenidade.

Quando enfrentamos períodos muito longo de baixa confiança no mercado, a economia entra em um círculo vicioso onde, de um lado as forças ofertantes se veem desmotivadas a produzir devido ao elevado risco de sua produção não encontrar na demanda uma resposta que atenda, minimamente suas expectativas de retorno. Do outro lado temos os consumidores receosos, segurando até onde pode antes de decidir pelo consumo de qualquer produto, sem saber o que o espera.

Esse medo causa fortes prejuízos para a economia de qualquer país, a imprevisibilidade até mesmo do que pode acontecer amanhã coloca os principais agentes do mercado, empresas e famílias, numa defensiva que não pode resultar em mais nada que não seja recessão. Prova disso é o Brasil, que vem somando ano após ano queda na confiança, em virtude de uma série de erros na condução da política econômica do país, bem como falhas de comunicação de um Governo incapaz de perceber as mudanças que estavam ocorrendo a sua volta.

De forma resumida podemos apontar quatro indicadores que demonstram a total falta de preparo da presidente afastada, Dilma Rousseff, na condução da política econômica brasileira:

1º temos a mais grave, se é que existe pior ou melhor nesses casos, e assustadora taxa de desemprego que já beira os 11% da população em idade produtiva, formando um exército industrial de reserva, segundo a definição do filósofo e economista alemão Karl Marx, superior a 11 milhões de brasileiros.



2º aparece a velha e terrível inflação, que causa pavor em muitos brasileiros, principalmente aqueles que enfrentaram períodos hiperinflacionários, especialmente na década de 1980, quando o índice chegou a casa dos 80% em um único mês. Não chegaremos a esse nível, porém, o patamar atual de 9,62% nos últimos doze meses já é suficiente para corroer o orçamento das famílias, diminuindo o poder de compra principalmente das classes mais baixas.

3º a recessão propriamente dita. Em 2015 a economia brasileira viu seu Produto Interno Bruto (PIB) derreter. Encolhendo para 96,2% do que era em 2014. Para esse ano as previsões apontam para uma perda ainda maior, não seria exagero apontar para uma queda de 4% diante das análises das principais agências do mercado.

4º o resultado primário do país, que é a diferença entre o que o Governo arrecada e gasta, apresentou um déficit em 2015 de R$ 119,9 bilhões, para este ano a equipe econômica de Michel Temer liderada pelo Ministro da Fazenda Henrique Meireles prevê um rombo de mais de R$ 170 bilhões, o que arranha ainda mais nossa imagem e nos coloca como potenciais caloteiros, já que nossas receitas não são suficientes para pagar nem mesmo nossas despesas, não dá para esperar que tenhamos recursos para o pagamento da dívida.

A realidade é cruel e contra fatos não há o que discutir, a questão é não se prender ao desejo de achar o culpado de tudo isso e concentrar em encontrar soluções para tirar o país desse status. Elevar o índice de confiança do mercado pode ser um grande começo. Quando oferta e demanda encontram um equilíbrio a economia se encontra em um círculo virtuoso, onde as empresas produzem mais, gerando mais empregos e renda para as famílias que, por sua vez, consomem, incentivando as empresas a produzir.

Em teoria tudo parece muito óbvio, mas na prática o que temos é uma forte queda nos índices de confiança desde 2010, último ano do segundo mandato do ex-presidente Lula. Quando ele já se preparava para lançar sua sucessora no Governo. Inicialmente era só o medo de ter na Presidência uma pessoa sem a menor experiência política e conhecida por ser uma pessoa carrasca, em seguida a confirmação da total incapacidade administrativa daquela que deveria sustentar o legado do partido que mais contribuiu para a ascensão das classes E e D à classe C.

Confiança do Empresário IIOs empresários sabem que o Brasil oferece um dos piores cenários para produzir e comercializar seus produtos entre os países em desenvolvimento, especialmente os que compõe os BRICSs (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Se não for percebido qualquer esforço para melhoria dessas condições, mesmo que no médio-longo prazo, torna-se inviável investir no país. Isso fica evidente quando comparamos o índice de confiança dos empresários em janeiro de 2010, 68,50 pontos, com os 36,8 pontos em abril de 2016, queda de 46,28%. Caiu quase pela metade.

Confiança MPEAinda olhando pela ótica da oferta temos quem mais gera empregos no Brasil, que são as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), segundo o SEBRAE, 84% dos postos de trabalhos brasileiros são gerados por estas empresas, igualmente prejudicadas pela desgovernabilidade empregada no Brasil nos últimos anos. Este reduziu a confiança de 65,40 pontos para 34,50 no mesmo período analisado anteriormente. Uma redução de 47,25%. O que não é nada bom. O aumento das taxas de juros para o financiamento empresarial e o corte de 40% do orçamento para o Sistema S, que é quem dá suporte para essas empresas na condução da gestão e desenvolvimento de novos produtos e mercados, comprometeu ainda mais a segurança das empresas, consequentemente sua confiança.

Confiança do ConsumidorDo lado da demanda temos também o consumidor apresentando queda na confiança. Mantendo o intervalo analisado observamos um pico em outubro de 2010, quando o Governo intensificou sua política de distribuição renda e, principalmente, promessas de um futuro melhor com sua continuidade no poder, chegando a atingir 120,70 pontos, mês passado esse número estava em 97,50 pontos, apresentando uma redução de 19,14%. Inadimplência elevada, desemprego desenfreado, taxa de juros muito alta, inflação na casa dos dois dígitos faz qualquer pessoa ter medo de consumir nesse momento.

A boa notícia é que agora em maio já temos sinais de melhora na confiança, tanto dos empresários quanto dos consumidores, demonstrando que é possível reverter esse quadro atual no médio prazo. Os Micro e Pequenos Empresários elevaram sua confiança de 34,50 pontos no mês passado para 38,80 pontos, elevação em mais de 12% em um único mês. Estamos longe ainda do ideal, mas temos motivos para acreditar que o Brasil tem jeito.

Alexsandro Silva é economista com atuação profissional a partir de consultorias, treinamentos, palestras e aulas para graduação e pós graduação.

07 ago 2015
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As Empresas Estão em Xeque Diante da Crise

Para quem gosta de jogar xadrez sabe que não é nada confortável ficar em xeque, trata-se de uma ameaça que exige uma resposta rápida, precisa e eficaz. Este é exatamente o sentimento que acompanha a classe empresarial no Brasil este ano. Para ilustrar melhor este desconforto deve-se analisar alguns pontos da atual conjuntura econômica, antes que alguém diga que é apenas a opinião dos pessimistas, que só querem desestabilizar o Governo.

Muitos pontos devem ser levados em consideração para analisar a atual situação econômica do Brasil, porém, podemos resumir apresentando apenas alguns indicadores que demonstram muito bem o que as empresas estão enfrentando aqui.

O primeiro é a taxa de juro que já passou dos 14%a.a. (SELIC), isso desestimula investimentos por parte das empresas de um lado e do outro temos os consumidores que não se atraem pelos financiamentos e compras a prazo, já que o bem adquirido se torna muito mais caro no final das contas. Tudo isso acaba diminuindo o ritmo da atividade econômica.



Depois temos a inflação que de muito longe fugiu do centro da meta apresentada pelo Comitê de Políticas Monetárias (COPOM), para ser mais preciso, dobrou, atingindo 9% ao ano nos últimos 12 meses. Isso é altamente prejudicial para a economia e para as empresas. As pessoas com seu poder de compra reduzido tendem a consumir menos, desta forma as empresas devem produzir menos, diminuindo o quadro de funcionários, provocando aumento do desemprego o que coloca a economia num círculo vicioso.

Por último, apenas para encurtar a conversa, temos a economia externa que não anda nada bem, os EUA em fase de recuperação da crise de 2008, a Europa em forte crise em muitos países, como Portugal, Itália, Espanha e Grécia, por exemplo, além da China que não cresce mais como antes, quando chegou a atingir 11% de crescimento em um único ano. Sendo esses os principais mercados consumidores dos produtos brasileiros, em especial as commodities, o país acaba se vendo prejudicado pela redução das exportações, impactando diretamente na geração de divisas.

Estes e outros fatores demonstram que o Brasil vive hoje um cenário de extrema fragilidade econômica. Colocando as empresas em uma zona de pessimismo, medo e incerteza, que as obriga a deixar de investir, demitir funcionários, repassar os custos que se elevaram para o consumidor final, aqui o destaque vai para os combustíveis e energia elétrica, e na pior das hipóteses fechar as portas, medida que muitas já tiveram que tomar este ano.

Por: Alexsandro Silva

09 jun 2015
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Bancos Podem Negar Acesso ao Crédito as Propriedades Não Inscritas no CAR

Ter acesso ao crédito rural e aos demais programas oficiais de incentivo à produção, essa é uma das principais vantagens para o produtor que ainda não inscreveu a propriedade no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O Manual de Crédito Rural do Banco Central exige a apresentação do CAR da propriedade ou, no mínimo, o recibo de inscrição.

As instituições financeiras dispõem de uma série de linhas de crédito voltadas para a agricultura familiar, entre as mais procuradas estão o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Os programas financiam projetos, individuais ou coletivos, que geram renda para os agricultores, familiares, assentados da reforma agrária, sitiantes, produtores rurais e empresas rurais.

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) nada mais é do que o primeiro passo para o produtor rural iniciar no processo de regularização ambiental de seu imóvel.



Aqueles proprietários que fizerem o CAR além de garantir acesso a linhas de crédito rural, comprova que a propriedade está em dia com o meio ambiente, regulariza áreas desmatadas e eventuais multas ocorridas até julho de 2008, assim caso possuam excedente de reserva legal, poderão ser remunerados por ter uma “floresta em pé”.

Outras instituições também exigem a apresentação do cadastro para aprovação dos financiamentos. O Banco do Brasil, por exemplo, não libera operação bancária para imóveis que não apresentam o CAR.

A Solução Estratégica oferece atendimento ao produtor, para que ele inscreva e legalize a situação ambiental do seu imóvel.

Por: Alysson Ribas

16 maio 2015
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Obrigatoriedade do Cadastro Ambiental Rural

Proprietários e possuidores de imóveis rurais a inscrição no CAR (Cadastro Ambiental Rural), criado pela Lei nº 12.651 (o “Novo Código Florestal”), é obrigatória.

A falta de adesão torna o imóvel irregular e dificulta o acesso a financiamentos, programas de regularização fundiária e ambiental e até a obtenção de licença para uso de água. Sem o registro os imóveis também não podem ser vendidos ou desmembrados. O proprietário, por sua vez, pode receber advertências e multas.

Chácaras de lazer e imóveis, sem produção agrícola, mas localizados em área rural, mesmo que na periferia das cidades, também devem se cadastrar. Uma das formas de saber se o imóvel deve ser cadastrado é pelo imposto. Se recolher o ITR (Imposto Territorial Rural), é necessário cadastrar.

Trata-se de um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), das áreas de Reserva Legal (RL), das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito (AUR) como pantanais e planícies pantaneiras e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país.

Caso proprietário ou possuidor rural tenha algum passivo ambiental relacionado à APP, RL ou uso indevido de AUR, o preenchimento do CAR abre a possibilidade de regularização ambiental.



Com o objetivo de auxiliar a Administração Pública no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais, a lei 12.651/2012 no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA, criou o Cadastro Ambiental Rural ou CAR.

O CAR é um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental.

É uma base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

Embora caiba a cada Estado, através de seus órgãos ambientais, estabelecer o CAR, o Decreto nº 7.830/2012 criou o Sistema de Cadastro Ambiental Rural – SICAR, que integrará o CAR de todas as Unidades da Federação, além de regulamentar o CAR.

Na inscrição do imóvel no CAR será exigido do proprietário ou possuidor: (1) a sua identificação; (2) a comprovação da propriedade ou da posse e (3) a identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo contendo a indicação das coordenadas geográficas, e informar, se houver, a localização de áreas protegidas (remanescentes de vegetação nativa, Áreas de Preservação Permanente, Áreas de Uso Restrito, áreas consolidadas e Reserva Legal).

Após a validação das informações inseridas no Sistema, é gerado um demonstrativo da situação ambiental do imóvel. Essa situação poderá ser considerada regular em relação às áreas de interesse ambiental ou, caso possuam algum passivo, serão consideradas pendentes de regularização.

Por: Alysson Ribas.

05 maio 2015
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Excel Avançado

Dominar as ferramentas do pacote office é hoje uma necessidade para quem deseja ingressar no mercado de trabalho, ou mesmo ter algum destaque, frente às exigências atuais. Mesmo que muitas empresas já tenham se despertado para a importância de possuir um sistema próprio, ainda é comum ver profissionais extraindo informações gerenciais dos mesmos para analisar em planilhas de cálculo, como o Excel.

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Desenvolver habilidade em qualquer ferramenta não é uma tarefa fácil. É necessário treino, somente com a prática é possível trabalhar confortavelmente com qualquer que seja o recurso. Pensando nisso a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR), lança um curso de Excel, onde serão trabalhadas as funções avançadas da ferramenta, com 30 horas de duração a se realizar no próximo mês de julho na própria ACIR.



Para garantir maior assimilação do conteúdo trabalhado a Associação planejou o curso para apenas 12 participantes, onde cada um deverá estar munido do próprio notebook e desenvolverá, na prática, planilhas com recursos avançados como formatação condicional, validação, lógica (SE, E, OU, CONT.SE, etc.), banco de dados, tabela dinâmica, gráficos, hiperlink, e muitas outras funcionalidades.

Para maiores informações e inscrições clique aqui.