RECUPERAÇÃO ECONÔMICA: O PRIMEIRO PASSO DE UMA LONGA JORNADA
A economia brasileira, depois da forte recessão de 2014-2016, onde a contração do PIB acumulada atingiu 8,2%, começa a dar sinais de recuperação da atividade econômica. Porém, esse otimismo com o crescimento do PIB de 1% em 2017, divulgado pelo IBGE, deve ser compreendido pelos agentes econômicos com cautela em relação ao crescimento econômico nos próximos anos.
A deterioração das contas públicas, observadas a partir de 2011, com uma robusta redução na receita e a expansão das despesas governamentais, acarretaram em 2014 um déficit primário de R$ 20.417,70 bilhões. Este processo de redução da atividade econômica com o pífio desempenho das variáveis fiscais, concomitante a instabilidade política instaurada no país em 2013, que levou milhões de brasileiros as ruas protestarem contra a corrupção e a copa do mundo no Brasil, proporcionou uma avaliação complexa acerca da situação política e econômica que viria a seguir.
Nota-se, com a dimensão da recessão econômica e as investigações da Lava Jato, que a crise política é substancialmente maior do que a econômica, uma vez que, vários indicadores econômicos relevantes apresentaram melhoras em 2017. O cenário político, por sua vez, mostra-se adverso, provocando incertezas no mercado acerca das agendas das reformas estruturais e as medidas de austeridade fiscal necessárias para conter a expansão da dívida pública e a retomada dos investimentos.
Com o crescimento do PIB, o afrouxamento da taxa de juros e a redução da inflação, o mercado vai se autorregulando perante o ano político que se apresenta. A economia vai resistindo, embora lentamente, as adversidades impostas pela má administração da máquina pública que, a partir de 2011, promoveu de forma errônea políticas de subsídios e desonerações com uma taxa de juros elevada, permitindo assim, a obviedade, de transferir os lucros dos mercados para o mercado financeiro, na clássica “financerização das atividades”, isto é, sustentar ganhos através do capital especulativo, e não da produção de bens e serviços.
A priori, é satisfatório o resultado que vem apresentando as empresas em todo o país, tendo em vista o número de empresas que encerraram suas atividades desde o início recessivo em meados de 2014, com mais de 1,9 milhões, segundo o IBGE. Diante disso, as medidas propostas por Joaquim Levy em 2015 para o ajuste fiscal e que tiveram continuidade com Henrique Meirelles, não logrou êxito no âmbito fiscal, todavia, não se deve desconsiderar os resultados apurados de curto prazo que o mercado produziu, mesmo com as constantes delações premiadas, denúncias de corrupção, rebaixamento das agências de risco e o temor que todos os candidatos proporcionam para o país no longo prazo.
Se ainda não estamos construindo uma nação com preceitos de países desenvolvidos, com crescimento econômico sustentável e desenvolvimento econômico e social, damos o primeiro passo da longínqua caminhada para um Brasil comprometido com os valores éticos, através das ações da polícia federal e ministério público, e respeitando os brasileiros que, apesar das dificuldades impostas pelo nosso regime tributário, produzem bens e serviços que satisfazem o consumo dos agentes econômicos e dinamizam a economia.
12 de março de 2018
O agronegócio é o responsável pela salvação do Brasil.
12 de março de 2018
Economia sem distribuiçäo da renda, só os mais ricos ganham.
13 de março de 2018
Recuperação Econômica é o primeiro passo melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro através da geração de empregos. Primeiro passo, mas muitas outras ações governamentais serão necessárias para erradicar a desigualdade social
13 de março de 2018
O consumo aliado às riquezas naturais , ainda fazem do Brasil um país com perspectivas satisfatórias a recuperação econômica. Sou otimista não só a atividades como agronegócio, mas também vejo as tecnologia renováveis como um grande chavão do crescimento brasileiro nos últimos anos.
13 de março de 2018
Parabéns
Excelente arbitragem
Sucinta e muito bem redigida
13 de março de 2018
Abordagem
30 de setembro de 2020
Saul…
Como se definiria o cenário da recuperação econômica agora, dois anos após o fechamento da tua matéria que dizia:
…todavia, não se deve desconsiderar os resultados apurados de curto prazo que o mercado produziu, mesmo com as constantes delações premiadas, denúncias de corrupção, rebaixamento das agências de risco e o temor que todos os candidatos proporcionam para o país no longo prazo.